Free Translation Widget
SOBRE O SITE.
O QUE VOCÊ ACHOU DO SITE?
RAZOAVEL
BOM
ÓTIMO
EXECELENTE
PROFISSIONAL
PÉSSIMO
MUITO RUIM
PREFIRO NÃO COMENTAR
Ver Resultados

Rating: 2.9/5 (1051 votos)




ONLINE
1









 

SOBRE A ÉTICA CRISTÃ

SOBRE A ÉTICA CRISTÃ

POR, CICERO DE FREITAS AGOSTINHO

Vimos no capitulo reservado á ética a Nicomaco a definição do termo ética e sua distinção do vocábulo moral, a partir das análises etimológicas de Henrique de lima Vaz, Adolfo Sanches Vásques, Juan Luis Lorda e da análise teleológica da vida humana de Aristóteles.

Após haver exposto o propósito da ética aristotélica e a questão de saber em que consiste o bem do homem ou em que consiste uma vida virtuosa e de relembrar questões éticas básicas que foram suscitadas por diferentes pensadores, dentre eles o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vamos tratar da ética cristã.

Iniciaremos este capitulo com uma pergunta: o que poderia ser a ética cristã? Ou o que pretendemos falar quando empregamos a palavra ética cristã? Sem dúvida isto representa uma complexidade que poderia ser estudada em varias frentes.

A moral cristã é feita de singularidades: é uma moral revelada, ou seja, não é uma invenção humana, mas divina, o que significa que essa é uma moral teológica, isto é, fundamentada na fé. O que também significa dizer que é uma moral religiosa, na medida em que consiste em seguir Jesus cristo, isto é, configurar a vida pessoal com a ética vivida e proposta por Jesus de Nazaré. Portanto isto nos leva a concluir que o paradigma de tal ética é o modo de ser de Jesus.

O tema de reflexão inicial desse trabalho foi a ética de Aristóteles. Contudo é importante saber que o filosofo em sua obra ética a Nicômaco, procurou construir um sistema ético, que se aproxima bem perto do pensamento cristão, do qual estamos tratando nesse capitulo.

Podemos dizer que a ética teve origem na Grécia, mediante as indagações de Sócrates tais como: o que é o bem? Em que consiste a justiça? Nesse sentido, podemos dizer que, com Sócrates o ethos tornou-se ciência.

Para a ética grega o homem por natureza seria um animal político, e só se humanizaria se vivesse em sociedade, a felicidade do homem dependeria do bem da cidade, o homem não seria um ser isolado, mas só se desenvolveria mediante a convivência em comunidade.

A concepção grega do bem humano baseava-se na possibilidade de fundamentar racionalmente critérios para uma vida digna, também para os gregos um mundo seria um cosmo e a razão humana poderia conhecer essa ordem, para assim poder guiar as ações humanas para o bem.

Em contraposição a esse modo de pensar, mas tomando posse de alguns princípios e valores da civilização grega, o pensamento cristão provocou uma grande mudança no pensamento ético da Grécia. A concepção de mundo ordenado por si só foi substituída pela idéia de Deus criador e Pai de todos, cuja função seria de assegurar a ordem cósmica.

Essa noção de paternidade divina, também foi responsável pela união dos homens, não mais mediante uma lei imposta pela sociedade, mas por um Deus comum, a partir de então era a lei de Deus que determinava o que seria certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto e não mais a sociedade.